Notícia publicada no portal O Eco
Nathália Clark
24 de Junho de 2011
Brasília - “É mais fácil quebrar um átomo do que quebrar um preconceito”. Foi com essa citação de Albert Einstein que o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília, fez menção ao estigma que leva há 24 anos o município de Abadia de Goiás, a 13km de Goiânia.
A cidade de 6,5 mil habitantes é considerada “a cidade do césio”, depois que passou a armazenar as 6 mil toneladas de lixo radioativo recolhidas das áreas contaminadas pelo acidente com o césio 137, em 1987, na capital do estado. E a depender da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), essa realidade e essa alcunha irão permanecer.
Abadia é, até o momento, a mais forte candidata a abrigar o depósito permanente de dejetos atômicos das usinas nucleares de Angra I e II. A construção do novo depositório é condicionante obrigatória determinada pelo licenciamento do Ibama para a usina de Angra III, e a CNEN tem até 2014 para definir o local definitivo.
Para tanto, as consultas à sociedade e às instâncias governamentais já começaram. Segundo o presidente da CNEN, Odair Dias Gonçalves, há uma série de fatores técnicos para a escolha do local, mas o município é um dos mais cotados, pois “é o único lugar na América do Sul onde já existe um depósito definitivo. Ele seria apenas ampliado”.
Rejeição em alto e bom tom
A comunidade goiana, porém, rejeita a escolha. Os deputados e governadores presentes na audiência, mesmo que mantendo o tom cordial, foram contra a posição da CNEN. Ronaldo Caiado questionou qual seria de fato a motivação da opção por Abadia, já que os benefícios se restringem a Rio de Janeiro e São Paulo......
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http://www.oeco.com.br/noticias/25146-goias-luta-contra-estigma-do-lixo-nuclear
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