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terça-feira, 28 de junho de 2011

Brasil e a Energia retrô

Países como Japão, França, Alemanha e Suíça não querem mais a presença da energia nuclear como parte de sua matriz energética. Alguns desses países dependem atualmente de até 40% dessa energia, porém não estão medindo esforços nem investimento para incluir as enegias limpas nas suas matrizes energética.

Nesse mês a população italiana votou em plebiscito pela anulação da adoção da energia nuclear ( 94,35%  dos votos a favor e 5,65%,contra).

Na contra-mão de países altamente desenvolvidos, o Brasil continua afirmando que a energia nuclear é uma forma segura e mais indicada para ampliar sua matriz energética, mesmo dispondo de inuméras possibilidades para a produção de energias limpas.

Confira abaixo a matéria publica no sítio OEco.

Celso Calheiros e Nathália Clark
       Modelo de usina com múltiplos reatores utilizado nas apresentações da Eletronuclear (fonte: divulgação/Eletronuclear)

Um efeito direto da crise na usina nuclear de Fukushima pode ser sentido nas pequenas cidades do sertão nordestino que, em diferentes momentos e por incertas fontes, se tornaram candidatas a sediarem uma usina nuclear.

Ninguém quer falar sobre o assunto. Melhor: o prefeito da candidatíssima Itacuruba, Romero Magalhães (PSB), é um dos poucos que se arrisca a tecer comentários, cautelosos ao extremo. “Esse assunto está acima do nosso conhecimento e, principalmente, precisamos saber se o governo vai querer instalar usinas no Nordeste”, argumenta o prefeito.

Ele, a 1446 quilômetros de distância de Brasília, não ouviu o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, presidente da Eletronuclear, reafirmar que o programa nuclear brasileiro está mantido e o plano é construir até oito usinas até 2030, as primeiras em municípios próximos ao Rio São Francisco.

Acompanhado do presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), Odair Dias Gonçalves, do presidente das Indústrias Nucleares Brasileiras (INB), Alfredo Trajano Filho, Pinheiro participou nesta quarta-feira (dia 23 de março) de audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados que debateu o destino da energia nuclear depois (e durante) o desastre japonês. Cada um, ao seu momento, repetiu que o Brasil não pode descartar a energia nuclear. Segundo o presidente da Eletronuclear  "não existe razão para pensarmos em interromper o programa, ele será robustecido pelas informações novas que temos”. Com relação às novas informações ele referia-se à Fukushima.

Leia a publicação na integra em: http://www.oeco.com.br/reportagens/24906-reatores-no-nordeste-o-pos-fukushima

domingo, 26 de junho de 2011

Goiás luta contra estigma do lixo nuclear

Notícia publicada no portal O Eco
Nathália Clark
24 de Junho de 2011

Brasília - “É mais fácil quebrar um átomo do que quebrar um preconceito”. Foi com essa citação de Albert Einstein que o deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), em audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, em Brasília, fez menção ao estigma que leva há 24 anos o município de Abadia de Goiás, a 13km de Goiânia.

A cidade de 6,5 mil habitantes é considerada “a cidade do césio”, depois que passou a armazenar as 6 mil toneladas de lixo radioativo recolhidas das áreas contaminadas pelo acidente com o césio 137, em 1987, na capital do estado. E a depender da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), essa realidade e essa alcunha irão permanecer.

Abadia é, até o momento, a mais forte candidata a abrigar o depósito permanente de dejetos atômicos das usinas nucleares de Angra I e II. A construção do novo depositório é condicionante obrigatória determinada pelo licenciamento do Ibama para a usina de Angra III, e a CNEN tem até 2014 para definir o local definitivo.

Para tanto, as consultas à sociedade e às instâncias governamentais já começaram. Segundo o presidente da CNEN, Odair Dias Gonçalves, há uma série de fatores técnicos para a escolha do local, mas o município é um dos mais cotados, pois “é o único lugar na América do Sul onde já existe um depósito definitivo. Ele seria apenas ampliado”.

Rejeição em alto e bom tom

A comunidade goiana, porém, rejeita a escolha. Os deputados e governadores presentes na audiência, mesmo que mantendo o tom cordial, foram contra a posição da CNEN. Ronaldo Caiado questionou qual seria de fato a motivação da opção por Abadia, já que os benefícios se restringem a Rio de Janeiro e São Paulo......


Veja a matéria completa em:
http://www.oeco.com.br/noticias/25146-goias-luta-contra-estigma-do-lixo-nuclear

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Ativistas marcham contra novo Código Florestal no Rio e em SP

Notícia publicada no Portal Terra
19 de junho de 2011 18h39 atualizado às 21h42

No Rio de Janeiro, os manifestantes se reuniram na orla de Copacabana contra o projeto
Foto: Murilo Rezende/Futura Press

Um dia depois das capitais paulista e fluminense realizarem suas edições da Marcha da Liberdade, que reuniu de defensores da descriminalização da maconha a ativistas ambientais, as duas cidades realizaram neste domingo protestos contra o novo Código Florestal, aprovado pela Câmara dos Deputados e em tramitação no Senado Federal. Em São Paulo, as críticas tiveram como alvo também a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará.

VEJA A NOTÍCIA COMPLETA EM

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Desfecho de uma Greve Diferente: 16/06/2011

Mantendo o caráter diferenciado das mobilizações, o desfecho da greve da CPRH foi em clima de confraternização. Os funcionários, que agora se conhecem pelos nomes, participaram de um café da manhã coletivo, promovido pelo SINTAPE.



Este momento refletiu a principal conquista do movimento: a união dos colegas de trabalho, que culminou com a formação de um grupo fortalecido.
A mobilização em curso garantiu, com a estratégia de greve, a equiparação salarial com outras agencias estaduais, para 2012, a implantação de Plano de Cargos Carreiras e Vencimentos, a possibilidade de compensação dos dias de greve e a abertura de mesa específica de negociações junto à Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado de PE (SEMAS).
Embora sem provocar impactos imediatos, estes instrumentos representam um passo para a valorização do profissional do meio ambiente e para o tratamento das questões relativas à melhor estruturação da CPRH. Também representam a expectativa para a discussão e resolução  dos demais pontos da pauta de reivindicações, que repercutem na melhoria do serviço prestado à sociedade.
Os funcionários da CPRH aproveitaram a pausa para o café da manhã e compuseram uma solicitação que visa a garantia do espaço que é ocupado pela sua associação há mais de 25 anos, único local disponível para refeição, descanso e reunião dos servidores, atualmente sob ameça de desativação.
A todos que vem colaborando com essa luta, os sinceros agradecimentos dos funcionários da CPRH, SINTAPE e ASSEC, que esperam que os laços criados com a sociedade civil organizada e com o poder público continuem rendendo bons frutos.

sábado, 11 de junho de 2011

Diário de Uma Greve Diferente: 10/06/2011

Enterro do Meio Ambiente no Prêmio Vasconcelos Sobrinho

 



       Na XXI edição do Prêmio Vasconcelos Sobrinho, promovido pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), os funcionários da instituição e suas representaçãos do sindicato (SINTAPE) realizaram um ato de protesto em frente ao espaço de realização da solenidade, o Buffet Porto Fino, em Casa Forte.

       Vestidos com camisas pretas com a inscrição “luto ao meio ambiente” e segurando castiçais com velas, os servidores fizeram, silenciosamente, a recepção dos convidados da premiação, incluindo o presidente da CPRH, Hélio Gurgel, o Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Sérgio Xavier, e os demais diretores da CPRH.


       O ato fez parte das estratégias de mobilização dos funcionários, em greve desde o dia 1° de junho por melhores condições de trabalho, equiparação salarial com outras agências estaduais e implantação do Plano de Cargos e Carreiras, entre outros pontos. 

       Na ocasião, os funcionários distribuiram a “carta aberta à sociedade”, que, além de fazer a apresentação do ecólogo que dá nome ao evento, questiona se Vasconcelos Sobrinho gostaria de ver seu nome emprestado a um prêmio concedido por uma Agência que, nas atuais condições, pouco faz pelo meio ambiente em Pernambuco.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Carta Aberta à Sociedade distribuída durante Prêmio Vasconcelos Sobrinho

Texto distribuído pelo SINTAPE e funcionários da CPRH durante solenidade do Prêmio Vasconcelos Sobrinho.

Carta Aberta à Sociedade

Hoje, Sexta-feira, 10 de Junho de 2011, a Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH realiza a XXI Edição do Prêmio Vasconcelos Sobrinho. Mas você sabe quem foi Vasconcelos Sobrinho?

João Vasconcelos Sobrinho nasceu no dia 28 de abril de 1908, em Moreno - PE. Pioneiro na área dos estudos ambientais no Brasil foi considerado em seu tempo uma das maiores autoridades em ecologia da América Latina. Faleceu em 1989 e em sua homenagem a CPRH atribui, desde 1990, o Prêmio Vasconcelos Sobrinho. Portanto, aqueles que o recebem devem se sentir honrados, pois são reconhecidos como sucessores do  seu legado.

Entretanto, se Vasconcelos Sobrinho estivesse vivo: será que ele gostaria de ver seu nome emprestado a um prêmio concedido por uma Agência Estadual de Meio Ambiente que, nas atuais condições, pouco faz pelo meio ambiente em Pernambuco?

Da porta para fora, caro leitor, a CPRH passa a imagem de uma instituição séria e comprometida com a causa ambiental. Contudo, a realidade é bem diferente.            


·         Funcionários desvalorizados, sem plano de cargos e carreiras e com vencimentos inferiores aos de Agências que desempenham funções semalhantes.
·         Não houve nenhum treinamento para atender a totalidade do corpo funcional.
·         Dos 348 nomeados através do Concurso Público realizado em 2008, mais de 140 desistiram da vaga, em grande parte devido às condições de trabalho e à baixa remuneração.
·         Existencia de pressões e constragimentos em ambiente de trabalho.
·         Há setores na CPRH que contam atualmente com apenas 1 funcionário.
·         Há uma sobrecarga intensa de processos na pauta dos analistas e técnicos ambientais, algumas com mais de duzentos processos.
·         Servidores desenvolvendo atividades que demandam conhecimento de áreas divergentes de sua formação.
·          A nova sede, que deveria estar concluída desde 2010, sequer teve suas obras iniciadas.
·         O laboratório da CPRH funciona em condições precárias: alagamentos, falta de materiais, entre outros.
·         Atualmente o espaço destinado a refeição, confraternização e descanso dos funcionários encontra-se sob ameaça de desativação pela diretoria.



Nosso pleito é por condições de trabalho que possibilitem dar cumprimento à nossa missão: garantir o exercicio das atribuições legais desta Agência e o respeito ao meio ambiente   

Visite nosso blog, conheça o nosso movimento, entenda melhor o nosso pleito, junte-se à nossa causa, lute conosco por um Pernambuco sustentável não apenas nos discursos, mas na prática.

Siga-nos também pelo Twitter: #grevecprh e pelo Facebook: Greve CPRH.



         

Quem exerce um direito deve ser punido pelo Estado?

Nestes tempos pernambucanos, nos quais pacifismo trabalhista se responde com ameaças governamentais, e as tentativas de diálogo, com imposições; as palavras do Exmo Sr. Ministro do STF, Marco Aurélio Mello, que iniciou sua carreira como servidor público da Justiça do Trabalho, laçam fortes feixes de lucidez sobre o movimento #GreveCPRH: Luto pelo Meio Ambiente.


“A República Federativa do Brasil tem como fundamentos, entre outros, a cidadania, a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa - artigo 1o da Constituição Federal. Em assim sendo, ganha envergadura o direito do trabalhador (gênero) de engajar-se em movimento coletivo, com o fim de alcançar melhoria na contraprestação dos serviços, mostrando-se a greve o último recurso no âmbito da resistência e pressão democráticas. Em síntese, na vigência de toda e qualquer relação jurídica concernente à prestação de serviços, é irrecusável o direito à greve. E este, porque ligado à dignidade do homem - consubstanciando expressão maior da liberdade a recusa, ato de vontade, em continuar trabalhando sob condições tidas como inaceitáveis -, merece ser enquadrado entre os direitos naturais.

Assentado o caráter de direito natural da greve, há de se impedir práticas que acabem por negá-lo. É de se concluir que, na supressão, embora temporária, da fonte do sustento do trabalhador e daqueles que dele dependem, tem-se feroz radicalização, com resultados previsíveis, porquanto, a partir da força, inviabiliza-se qualquer movimento, surgindo o paradoxo: de um lado, a Constituição republicana e democrática de 1988 assegura o direito à paralisação dos serviços como derradeiro recurso contra o arbítrio, a exploração do homem pelo homem, a exploração do homem pelo Estado; de outro, o detentor do poder o exacerba, desequilibrando, em nefasto procedimento, a frágil equação apanhada pela greve. Essa impulsiva e voluntariosa atitude, que leva à reflexão sobre a quadra vivida pelos brasileiros, acaba por desaguar não na busca do diálogo, da compreensão, mas em algo muito pior que aquilo que a ensejou. Põe-se por terra todo o esforço empreendido em prol da melhor solução para o impasse, quando o certo seria compreender o movimento em suas causas e, na mesa de negociações, suplantar a contenda, cumprindo às partes rever posições extremas assumidas unilateralmente. Em suma, a greve alcança a relação jurídica tal como vinha sendo mantida, mesmo porque, em verdadeiro desdobramento, o exercício de um direito constitucional não pode resultar em prejuízo, justamente, do beneficiário, daquele a quem visa a socorrer em oportunidade de ímpar aflição. A gravidade dos acontecimentos afigura-se ainda maior quando o ato que obsta a satisfação de prestação alimentícia tem como protagonista o Estado, ente organizacional que deve fugir a radicalismos. Cabe-lhe, isto sim, zelar pela preservação da ordem natural das coisas, que não se compatibiliza com deliberação que tem por finalidade colocar de joelhos os servidores, ante o fato de a vida econômica ser impiedosa, nem se coaduna com o rompimento do vínculo mantido. A greve tem como conseqüência a suspensão dos serviços, mostrando-se ilógico jungi-la - como se fosse fenômeno de mão dupla, como se pudesse ser submetida a uma verdadeira Lei de Talião - ao não-pagamento dos salários, ao afastamento da obrigação de dar, de natureza alimentícia, que é a satisfação dos salários e vencimentos, inconfundível com a obrigação de fazer. A assim não se entender, estar-se-á negando, repita-se, a partir de um ato de força descomunal, desproporcional, estranho, por completo, ao princípio da razoabilidade, o próprio direito de greve, a eficácia do instituto, no que voltado a alijar situação discrepante da boa convivência, na qual a parte economicamente mais forte abandona o campo da racionalidade, do interesse comum e ignora o mandamento constitucional relativo à preservação da dignidade do trabalhador. Num País que se afirma democrático, é de todo inadmissível que aquele que optou pelo exercício de um direito seja deixado à míngua, para com isso e a partir disso, acuado e incapaz de qualquer reação, aceitar regras que não lhe servem, mas que, diante da falta de alternativas, constarão do "acordo". Vê-se, portanto, o quão impertinente afigura-se a suspensão do pagamento em questão, medida de caráter geral a abranger não só os diretamente ligados no movimento, como também aqueles que, sob o ângulo da mais absoluta conveniência, da solidariedade quase que involuntária, viram-se atingidos pelo episódio. A greve suspende a prestação dos serviços, mas não pode reverter em procedimento que a inviabilize, ou seja, na interrupção do pagamento dos salários e vencimentos. A conseqüência da perda advinda dos dias de paralisação há de ser definida uma vez cessada a greve. Conta-se, para tanto, com o mecanismo dos descontos, a elidir eventual enriquecimento indevido, se é que este, no caso, possa se configurar. Para a efetividade da garantia constitucional de greve, deve ser mantida a equação inicial, de modo a se confirmar a seriedade que se espera do Estado, sob pena de prevalecer o domínio do irracional, a força pela força. É tempo de considerar que a ferocidade da repressão gera resistências, obstaculizando a negociação própria à boa convivência, à constante homenagem aos parâmetros do Estado Democrático de Direito.”


Fonte: Diário da Justiça, em 08/11/01.


quarta-feira, 8 de junho de 2011

Diário de uma Greve Diferente: 08/06/2011

Funcionários da CPRH estiveram presentes na Assembléia Legislativa de Pernambuco (ALEPE) na plenária desta quarta-feira. Vestidos com camisa preta com inscrição "luto pelo meio ambiente", 120 funcionários lotaram o espaço destinado à população, e assistiram o pronunciamento do deputado Daniel coelho, seguido dos comentários dos deputados Antônio Moraes e Betinho Gomes, do PSDB, Tony Gel, do Democratas, Teresa Leitão, do PT, José Humberto e Sílvio Costa , ambos do PTB, além de Sebastião Oliveira, do PR.

Seguem noticias sobre o pronunciamento do parlamentar.


Daniel Coelho presta solidariedade a servidores da CPRH

Os servidores da CPRH, em greve há uma semana, receberam, nesta quarta(oito de junho), a solidariedade do deputado Daniel Coelho, do PV. O parlamentar afirmou que desde o início do ano está preocupado com a situação do órgão que, como denunciam os funcionários, carece de estrutura para funcionar.

O deputado lembrou que sugeriu uma comissão de parlamentares para intermediar as negociações entre servidores e Governo do Estado, mas a ideia não prosperou.
Segundo Coelho, sem perspectiva de mudança, os funcionários decidiram pela paralisação. O parlamentar informou que, além de melhoria da estrutura, os servidores reivindicam a implantação do Plano de Cargos e Carreiras, a equiparação salarial com outras agências estaduais e a concessão de tíquete-alimentação. 

Daniel Coelho também criticou a presidência da CPRH por ter fechado com tijolos a porta de acesso à Associação dos Servidores. O deputado vai elaborar um pedido de informações ao gestor solicitando explicações sobre o fato. Os deputados Antônio Moraes e Betinho Gomes, do PSDB, Tony Gel, do Democratas, e Teresa Leitão, do PT, também apoiaram a manifestação dos servidores, lembrando que o órgão precisa ser fortalecido. 

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Casa, José Humberto, e Sílvio Costa , ambos do PTB, além de Sebastião Oliveira, do PR, ressaltaram que, ao longo dos anos, aumentou o volume de serviços da CPRH e o Governo, atento à importância do órgão, vai encontrar uma solução para acabar com a greve. (V.B.)
 
Publicada em 08/06/2011


Daniel Coelho diz que o Governo não está dialogando com servidores do CPRH
 
POSTADO ÀS 09:18 EM 09 DE Junho DE 2011, no Blog do Jamildo
 
Em debate na Assembleia, com a presença de servidores da CPRH , o deputado Daniel Coelho criticou o Governo do Estado sobre a negociação com a categoria.
“Desde o início do ano, os servidores da CPRH encontram dificuldade em dialogar com o Governo”, salientou Daniel. “Em vez disso, o que vemos é uma atitude típica de uma ditadura: a direção do órgão fechou com uma parede o acesso ao espaço onde funcionava a associação dos servidores há 25 anos, no momento em que eles fazem greve. Como esse governo tem coragem de fazer um discurso progressista?”.

O parlamentar cobrou uma explicação da diretoria da CPRH pelo fechamento do espaço.  “O que queremos é apenas que a CPRH faça seu trabalho como deve ser. Não só o de liberar as licenças ambientais necessárias, mas também de fiscalizar as obras irregulares e que agridam o meio ambiente”, afirmou o deputado.

LINK PERMANENTE PARA A PUBLICAÇÃO

 

terça-feira, 7 de junho de 2011

Diário de uma Greve diferente: 07/06/2011

Escola da Agência da Greve entra em funcionamento


     Segue a programação da greve dos funcionários da CPRH. O período da manha foi dedicado a entrega das camisetas do movimento, ajustes no calendário de atividades e discussões sobre os acontecimentos ocorridos na ASSEC (vide as postagens dos dias 02 e 06/06).

     Durante a tarde os grevistas deram uma pausa nas discussões classistas e resolveram chamar a atenção para a necessidade de capacitações, promovendo o diálogo entre os diferentes setores que compõe a CPRH. O momento, batizado de auto capacitação, objetivou valorizar a importância do treinamento e do diálogo intrainstitucional.
     Cada setor teve a sua vez ao microfone, apresentou sua equipe, mencionou experiências e dificuldades do dia a dia.


      Um dos principais pontos da pauta de reivindicações dos funcionários é a elaboração de um plano de treinamentos e capacitações. Este momento vem colaborar para diagnosticar os pricipais pontos de carência dos setores e colaborar com o plano de capacitações, que ainda não foi concebido ou apresentado aos funcionários.


A chuva não desmobilizou as apresentações e trocas de experiências entre os funcionários.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Diário de Uma Greve Diferente: 06/06/2011

Em resposta ao movimento paredista: PAREDE

    Realmente essa é uma greve diferente. Na manhã do sexto dia de movimento paredista, apareceu uma parede no lugar aonde outrora se encontrava a porta da Associação de Funcionários (ASSEC). A placa da Associação também foi retirada durante esse fim de semana.
   
   A retirada da placa e do portão da ASSEC não foi justificada ou informada aos representantes da Associação.

   Fatos como estes não são surpresa durante as mobilizações dos funcionários da CPRH.    Em 22.03.2011, quando realizaram o "Seminário de Paralisação", os servidores foram surpreendidos com a ocupação do espaço da ASSEC por diversos móveis cobertos com lona. Outro episódio aconteceu recentemente e ainda continua sem reposta. É o caso da "DITA DUREPOXI", que foi colocada no portão da ASSEC no segundo dia de Greve e retirada na mesma noite por não se sabe quem.

   Continuem acompanhando o "Diário de uma Greve diferente".

Diário de Uma Greve Diferente: 05/06/2011

Greve em pleno domingo

      Enquanto a Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH) está parada no auge da Semana de Meio Ambiente, a "Agência de Greve" abriu as portas em pleno domingo.

      Dezenas de funcionários da Agência e twitteiros de plantão ligaram seus computadores e seguiram o usuário @GreveCPRH, das19h às 21h, no Twittaço da Greve. Resultado: a rede social ficou tomada pelas mensagens do movimento dos funcionários.

clique na imagem abaixo para ampliá-la
Twittaço da #GreveCPRH

domingo, 5 de junho de 2011

Diário de uma Greve diferente: 03/06/2011

Porta da Associação amanhece sem a Durepoxi, mas servidores ficam na calçada da CPRH
   
      Após o episódio do dia anterior, a "DITA DUREPOXI" que vedou os portões da Associação de Empregados e Servidores da CPRH (ASSEC), por dentro e por fora, foi totalmente retirada. Como a autoria da colagem e da descolagem é desconhecida, a ASSEC protocolou ofício à direção da CPRH solicitando o fornecimento do arquivo das câmeras de segurança dispostas no local.

      Mesmo com o portão da Associação aberto, desta vez os funcionários preferiram dar prosseguimento à oficina de planejamento do lado de fora, na calçada da CPRH.

Apresentação, discussão e validação das atividades de cada comissão dos funcionários em Greve
  
    Aberta a AGENCIA DE GREVE (ver organograma na postagem anterior), as comissões de funcionários apresentaram suas propostas para as próximas atividades, que tiveram como norte as DIRETRIZES DO MOVIMENTO, também estabelecidas em conjunto.
 
DIRETRIZES DO MOVIMENTO
Movimento Pacífico
Impessoalidade
Inovação nas formas de mobilização.
Cooperação entre os grevistas e descentralização da organização do movimento
Assiduidade e pontualidade
Produtividade (preencher os dias de greve com ações produtivas)
Respeito aos colegas que continuam trabalhando, porém, insistindo em sua adesão
Abertura permanente ao diálogo e negociação com o governo
Inteligência ecológica (observar aspectos ambientais durante a elaboração/execução das atividades).



As atividades de cada comissão foram avaliadas, discutidas e aprovadas pela Assembléia. A luta (e o luto) pelo meio ambiente foram insumos para a concepção da identidade visual do movimento dos funcionários.



      A campanha de doação de sangue, uma das atividades planejadas, também já ganhou sua marca, e agora só depende do funcionamento do HEMOPE, que também vem fazendo suas mobilizações.
    A oficina de hoje  propiciou o surgimento de uma série de idéias inovadoras e deu inicio à elaboração de alguns produtos , como textos, charges, minutas de projeto de lei e de instruções normativas, entre outros .

Para saber mais, continuem acompanhando o Diário de Uma Greve Diferente. 

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Diário de uma Greve diferente: 02/06/2011

Greve da CPRH traz segurança à rua Santana

Começa de forma segura o 2° dia de greve dos funcionários da CPRH. 4 viaturas e 14 Policiais Militares, fortemente armados, foram destacados para a rua Santana em Casa Forte nesta manhã de terça feira.





Portões Abertos, mas nem tanto

Provavelmente a polícia deve ter sido chamada para averiguar a depredação do patrimônio público da CPRH, já que até o momento não foram encontrados os culpados por colocar “durepoxi” no portão da Associação dos Servidores da CPRH – ASSEC.
Está é a primeira GREVE em que os funcionários deixam os portões do órgão abertos, porém são surpreendidos com a restrição ao direito constitucional de livre acesso à sua Associação. Não se sabe a finalidade da "DITA DUREPOXI". O que se sabe é que o poder da massa adesiva não conseguiu vedar o movimento da massa de funcionários, que continuou, sólida e endurecida ("pero sin perder la ternura jamás"), com suas atividades no período da tarde.

Fechada a Agencia Ambiental, Aberta a Agencia de Greve
Pela tarde os funcionários planejaram a AGENCIA DA GREVE à sua maneira. Instituída de forma descentralizada, a Agencia valoriza a participação de todos, visando a sustentabilidade das atividades do movimento.

O ORGANOGRAMA da Agencia de Greve foi concebido aos moldes de um sistema ambiental, não sendo hierárquico, tampouco linear. Cada uma de suas comissões interagiu com as demais durante a oficina de planejamento.

Organograma da Agencia de Greve

As comissões de Sistematização, Recursos Humanos, Comunicação, Documentação e Infraestrutura planejaram as suas atividades em oficina.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Diário de uma Greve diferente: 01/06/2011


     
    

Eventos do "Dia Mundial do Meio Ambiente" em Recife

Começa o mês do meio ambiente, começa a greve na CPRH

     O dia 05 de junho foi intitulado pela ONU como Dia Mundial do Meio Ambiente. Para comemorar esta importante data são organizados diversos eventos que saúdam o meio ambiente, por vezes são dedicadas semanas inteiras para os "festejos" ambientais.

    Neste ano a Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco – CPRH resolveu inovar e criou o mês do Meio Ambiente.

    De maneira diferente caminha o movimento dos funcionários da CPRH. 01 de junho de 2011 foi a data escolhida pelos responsáveis pela execução das políticas ambientais de Pernambuco para entrarem em greve e discutir meio ambiente, condições de trabalho e questões salariais.

Em semana do meio ambiente, CPRH entra em greve e realiza protesto nesta quarta-feira

 Quarta, 01 Junho 2011 07h43

Além de entrarem em greve por tempo indeterminado no início da semana de meio ambiente, os empregados da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH), realizam um protesto ainda nesta quarta, por volta das 14h, em frente ao Shopping Paço Alfândega. Os servidores e funcionários da CPRH reivindicam equiparação dos seus salários com os servidores de outras duas agências estaduais: a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) e a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa).

Segundo o presidente do Sintape, Manoel Saraiva, enquanto o salário de nível superior da CPRH é em torno de R$ 2.600, na Adagro o servidor de nível superior recebe R$ 3.600. Ainda de acordo com Saraiva, na CPRH um empregado de nível médio recebe em torno de R$ 1.400, enquanto na Adagro e Apevisa o salário para este nível está em torno de R$ 1.900.

Com a greve do órgão, serviços como licenças temporárias, licenças de funcionamento, licenças de autorização estão suspensos, além dos serviços internos da agência. A greve está sendo convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Agricultura e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco (Sintape). O sindicato vai montar um piquete em frente a sede da agência, na rua Santana, 367, Casa Forte, Recife.

Os servidores de funcionários da CPRH já haviam feito duas paralisações, em março e no início de maio, e produziram um documento onde denunciam o reduzido quadro funcional, má-conservação da estrutura física, falta de instrumentos de trabalho, graves deficiências no treinamento dos servidores e a existência de licenças ambientais expedidas sem as devidas análises.

Para eles, apesar do concurso para preenchimento de vagas na agência em 2008, o quadro funcional ainda não está a contento. Isso porque, segundo a categoria, dos 348 nomeados, 140 já desistiram das vagas, em grande parte devido às condições de trabalho e baixa remuneração.

Com informações da assessoria

Nota da Folha Política

Folha Política - 01/06/2011

Revés passageiro
Ricardo Dantas Barreto

Sem sossego

Sérgio Xavier não tem sossego com a CPRH, desde que assumiu a pasta de Meio Ambiente sem indicar a direção da agência. Depois de duas paralisações de 24 horas, hoje os servidores entrarão em greve. Querem equiparação salarial com o pessoal da Adagro e Apevisa. Há casos de mil reais de diferença.

Fonte: http://www.folhape.com.br/index.php/folha-politica-coluna/640953-folha-politica-01062011

Servidores da CPRH entram em greve - Blog de Jamildo

DE BRAÇOS CRUZADOS

Servidores da CPRH entram em greve

POSTADO ÀS 08:08 EM 01 DE Junho DE 2011
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Os servidores da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH) entraram em greve na manhã de hoje (1º). Com isso , serviços como licenças temporárias, licenças de funcionamento, licenças de autorização estão suspensos, além dos serviços internos da agência. Os trabalhadores vão fazer um piquete em frente à sede da agência, em Casa Forte, das 8h às 17h30.
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"Até o momento, o Governo não vem atendendo às demandas. Não queremos que a população venha a sofrer. É possível ocorrer a equiparação, só falta vontade política. De nossa parte, estamos abertos à negociação", diz o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Agricultura e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco (Sintape), Manoel Saraiva. Segundo o presidente, 180 dos 218 funcionários já aderiram à greve.
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Os servidores e funcionários da CPRH reivindicam equiparação dos seus salários com os servidores de outras duas agências estaduais: a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária de Pernambuco (Adagro) e a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa).
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 “Enquanto o salário de nível superior da CPRH é em torno de R$ 2.600, na Adagro o servidor de nível superior recebe R$ 3.600. Na CPRH, um empregado de nível médio recebe em torno de R$ 1.400, enquanto na Adagro e Apevisa o salário para este nível está em torno de R$ 1.900”, reclama Saraiva.
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A greve está sendo convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Agricultura e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco (Sintape). Os servidores de funcionários da CPRH já haviam feito duas paralisações, em março e no início de maio.

CPRH para e atrasa ritmo das obras

Jornal do Commercio - PE
01/06/2011 - 06:32

Órgão é responsável pela análise dos impactos causados pelos projetos. Greve afeta até barragens na Mata Sul.
Raissa Ebrahim

Os 400 servidores da Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH) vão paralisar todas as atividades do órgão a partir de hoje, por tempo indeterminado. A categoria reivindica aumento de salários para que a remuneração inicial, que hoje é de R$ 2.600 para cargos de nível superior, seja equiparada a de outras instituições estaduais como a Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária (Adagro) e a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa), que praticam piso de R$ 3.400. Além disso, eles pedem a melhoria das condições de trabalho e o aumento do quadro de funcionários devido à sobrecarga de tarefas. Caso perdure, a greve deve prejudicar diretamente o calendário de obras do Estado, já que uma série de empresas, dentre elas os esperados estaleiros Construcap e Promar e a construção de barragens no interior, dependem das licenças ambientais para continuar em andamento.

“O pessoal da CPRH vem desde março realizando seminários para avaliar a atual gestão e, dentro dessa avaliação, temos pedido a equiparação salarial, que é prevista em lei”, informou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Agricultura e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco (Sintape), Manuel Saraiva, que alega ainda o sucateamento do órgão e a falta de estrutura para receber os aprovados no último concurso, realizado em 2007. “Se faz rodízio de cadeiras dentro da instituição, não há mesas suficientes para todo mundo, e ainda é preciso aumentar o quadro pessoal”, conta.

A paralisação vai representar atraso no cronograma de obras como o Estaleiro Construcap, que passou por uma audiência pública, na semana passada, para avaliar seu Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) - bastante criticado pela alta supressão vegetal - e teria como próximos passos a liberação das licenças de instalação e implantação. O Estaleiro Promar também aguarda licença referente ao pedido de drenagem do dique e canteiro de obras. Sem falar do Programa de Inspeção Veicular, um convênio de R$ 6 milhões firmado entre a CPRH, Detran e a ONG alemã GTZ para estudo de diminuição da poluição no Estado, previsto para iniciar este mês.

Na lista de possíveis atrasos, ainda constam as obras do programa de construção de cinco barragens na Mata Sul, onde a população, conta com a promessa do governo do Estado, anunciada em meados de maio, de antecipação do processo licitatório e ambiental para evitar ainda mais desastres causados pelas chuvas. Segundo o calendário de urgência, o EIA/Rima poderia ser concluído em um terço do tempo normal, com prazo reduzido de seis para dois meses.

O presidente do Sintape informou que “todos os serviços ficarão paralisados, desde a concessão de licenciamentos prévios até os estudos para licenças de operação e instalação e autorizações de funcionamento”. “Os analistas queriam parar o trabalho desde janeiro, mas resolvemos esperar pela data-base, marcada para hoje”, observou.

A assessoria de comunicação da CPRH declarou, por meio de nota, que sobre a possível greve dos servidores, tratativas estariam sendo mantidas com as lideranças dos empregados em reunião que, até o fechamento desta edição, ainda não tinha sido encerrada.

SERVIDORES

O Fórum dos Servidores Estaduais se reuniu, na tarde de ontem, para definir as ações relativas à paralisação de 24 horas da próxima sexta-feira, 3 de junho, quando está marcada também uma nova rodada de negociações com o governo. Dentre as reivindicações da categoria, estão aumento dos pisos salariais para todos os níveis, aumento do vale-alimentação de R$ 7 para R$ 12 e pagamento de vale-transporte para os cerca de 30 mil servidores do interior.

Procurado, o secretário de Administração, Ricardo Dantas, informou, através da assessoria de imprensa, que a decisão de conceder aumento salarial linear de 5% (rejeitada pela categoria, no fim da semana passada) está mantida até sexta, bem como a impossibilidade de atender os pedidos dos vales.